DE PÉ : SR. Ribeiro , Guerra , Ângelo , Lopes , Rios , Sá Reis , Aires , Mário Belinha e Carlos Honório. AGACHADOS : Preguiça , Aurélio , Barroca , Rodrigues e Rodrigo. 1960 , No Estádio Dona Zulmira , a primeira equipa do CDPB
Mas vamos ao inicio. Com o cessar das colectividades desportivas e porque ambos campos desportivos eram alugados , rapidamente foram utilizados de forma diferente , gorando-se de vez as ilusões da maioria dos atletas e outros candidatos , que pretendessem começar ou praticar futebol no clube da sua terra. Entretanto a juventude local ávida de desporto começou a estrebuchar , exigindo da edilidade local dum campo que fosse pertença dum clube que seria único e representativo da localidade . Estava aberto o caminho para a formação duma única COLECTIVIDADE e não cruzou os braços até á sua concretização. Entretanto devido á inexistência dum recinto desportivo os jovens treinavam no antigo Arraial ou Feira dos 7 , organizando equipas para participação em torneios de futebol a nível de freguesias organizados pelos grupos da região : Lamas , Feirense , Espinho , onde eram evidentes as multidões que acompanhavam as nossas hostes. Esta acção da juventude não passou despercebida ás chamadas forças vivas , pois nelas também faziam na vertente desportiva alguns dos membros da junta , por isso ajudou pelo menos , não deixar cair a ideia da construção dum recinto desportivo. Depois de varias tentativas falhadas , sempre apareceu alguém que tornou possível a concretização de tal objectivo e de certa forma eivou a criação do actual clube . Essa foi com a chegada do Padre José Rocha em 1957 , cujo panorama iria mudar. Este era um adepto do futebol , era um bairrista empreendedor das coisas associativas , conseguiu unir as forças vivas da terra ansiosas pelo aparecimento do futebol , deitou mãos á obra e em dois anos foi a força aglutinadora da fundação do CDPB. A ideia inicial foi sempre a da construção dum recinto desportivo que nunca deixasse de o ser e não a de fundar um clube , mas com a concretização do primeiro objectivo , o clube nasceu espontaneamente, mas o caminho não foi tão pacifico como parece. Fizeram-se varias tentativas , que iam falhando desconsoladamente , por vários motivos , uns por não concordarem com certos nomes na lista e outras por evidente protagonismo de certas pessoas , quase que fizeram morrer á nascença o desiderato sonho. Tais tentativas levaram a que varias Comissões se desinteressassem e muita confusão nasceu daí. Como tudo na vida , os entusiastas foram muitos. Mas em 1960 , com o padre Rocha à cabeça , promoveu no velho cinema varias reuniões e duma delas com o presidente da Junta , chegou-se finalmente ao consenso. Em ambiente de entusiasmo foi elaborada uma Comissão , assim constituída : Padre José Gomes da Rocha , Diamantino Sousa , Manuel Ferreira , Joaquim Marques Pinto , Fernando Sousa, Mário Coelho , Anésio Sousa , Fernando Gomes , Ramiro Rocha ,entre outros a que não tive a sua confirmação ; com o passar do tempo o entusiasmo foi esfriando , devido aos contrários pontos de vista entre elementos , levando á desistência de alguns , cujas feridas ainda passados 50 anos ainda são visíveis , chegando ao ponto de alguns terem virado as costas ao clube local e outros continuam a não falarem entre si. Foram estes sentimentos bairristas , muitas destas coisas , incompreendidas , que possibilitaram o nascimento deste clube que fará este ano , 50 anos de vida , mas que já praticava futebol desde os anos 10 do século passado , por isso quase centenário se fosse respeitado o aparecimento do primeiro clube , União Desportiva Brandoense em 1917. Mas a vontade das pessoas inclinou-se para a fundação dum novo clube , o que se apraz aplaudir , este é o que ficou, CDPB e há que respeitar o verdadeiro, o nosso clube , a Briosa Verde e Branca , desta terra secular de nome :
Paços de Brandão .
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